A evolução humana iniciou-se à 5 milhões de anos, quando a nossa linhagem se separou da linhagem dos símios.
O crescimento da população humana e sustentabilidade é uma ciência que tem como objectivo principal a observação, quantificação, estrutura e distribuição da espécie humana espalhada pelo Mundo.
O crescimento da população humana vai depender nomeadamente da diferença entre as adições e as subtrações falamos da taxa de natalidade/ imigração e da taxa de mortalidade/emigração.
-> Indicador estatístico referente ao número de indivíduos nascidos por cada mil habitantes, geralmente durante o período de um ano.
-> Indicador estatístico referente ao número de mortos por cada mil habitantes normalmente durante o periodo de um ano.
A demografia refere-se ao estudo das populações e da sua evolução temporal relativamente ao tamanho, à sua distribuição espacial e ás suas características gerais. Actualmente um dos grandes problemas da humanidade é o seu crescimento abundante.
Nem sempre foi assim, a demografia da pré-história é caracterizada por um povoamento reduzido e uma elevada taxa de mortalidade, sendo assim a sua esperança média de vida era baixa não ultrapassando os 30 anos de idade.
No tempo da Era Cristã o crescimento da população foi devido ao aparecimento e desenvolvimento da agro-pastorícia que permitiu a fixação das populações.
Durante a Idade Média ocorreu um impulsão demográfica devido à elevada percentagem de número de óbitos ocorridos devido a pestes e a inúmeras doenças que avassalaram o Mundo naquela época, assim como no século XVIII devido à fome, epidemias e às guerras ocorrentes. Em meados do mesmo século a medicina teve uma evolução representativa, combatendo as gripes e epidemias fortes o que levou ao uma diminuição acentuada ao nível da taxa de mortalidade.
No início do século XIX deu-se a expansão da industrialização aumentando a qualidade de vida e assim um maior número de casamentos consequentemente uma enorme subida na taxa de natalidade.
O desenvolvimento da Medicina e a melhoria da higiene e industrialização na Europa fez verificar um crescimento populacional originando assim uma explosão demográfica que mais tarde se expandiu por todo o Mundo. Com o desenvolvimento da medicina deu-se a descoberta de antibióticos para a prevenção de doenças e o ser humano passou a dominar alguns factores de resistência do ambiente, o que permitiu a diminuição de mortalidade.
A explosão demográfica "dirige-se" principalmente a países do Terceiro Mundo tendo assim a Europa problemas demográficos.
Já durante o século XX ocorreram inovações tecnológicas muito importantes que promoveram o bem-estar e a qualidade de vida humana. Investigações recentes sugerem que os seres humanos modernos surgiram em África há, pelo menos 1 200 000 anos. Desde o seu aparecimento a espécie humana registou um crescimento populacional que se tornou mais acelerado nos últimos dois séculos (XX e XXI). Devido a um crescimento exponencial, muitos especialistas admitem que a espécie humana está a alcançar os limites de superpopulação.
O crescimento rápido da população humana tem consequências como o esgotamento da capacidade de satisfação das suas necessidades básicas (produtos alimentares...), além de promover o aumento das taxas de degradação ambiental.
Em 1996 William Rees e Mathis Wackernegel proposeram o conceito de pegada ecológica (medida da quantidade produtiva de terra e de água que um indivíduo, uma cidade, um país ou a Humanidade necessita para produzir os recursos que consomem e para absorver os resíduos produzidos, utilizando a capacidade tecnológica atual) como a área biológicamente produtiva que está a ser utilizada para sustentar o atual estilo de vida da espécie humana.
A pegada ecológica põe em evidência os impactes ecológicos gerados pelo ser humano resultantes da procura de recursos ecológicos e de serviços, como por exemplo, alimentos, madeira, fibras, terreno para construção e terrenos para a absorção de dióxido de carbono (CO2) emitido pela combustão de combustíveis fósseis. A deteminação da pegada ecológica permite avaliar o impacto da espécie humana sob os ecossistemas. Desta forma é possível verificar se a espécie humana irá optar pela vivência em harmonia preservando os ecossistemas ou se pelo contrário, levará ao colapso esses mesmos ecossistemas, provocando a perda permanente da biodiversidade e o enfraquecimento da capacidade do planeta sustentar a população humana.
Diz-se que no ano de 1978 tenha sido excedida a capacidade sustentável do planeta.
Associado ao conceito de pegada biológica surge o de biocapacidade (capacidade de produção biológica total de uma área biológicamente produtiva de um país em cada ano; zona de cultivo, pastos, floresta e pesca) disponível para responder ás necessidades da humanidade. Em muitos países, a pegada ecológica é superior à biocapacidade do país.
O passivo ecológico de um dado país é determinado calculando a diferença entre o valor da pegada ecológica e o da biodiversidade. Se o valor do mesmo for positivo, podemos inferir da existência de sobreutilização dos activos biológicos ( solo, mar...).
Medidas para a redução do passivo ecológico de um país:
(REDUÇÃO DA PEGADA ECOLÓGICA)
(MANUTENÇÃO DA BIOCAPACIDADE)
O valor referente à pegada ecológica de Portugal torna evidente que são consumidos mais recursos do que aqueles que é possível repor, ou seja, o nosso país é insustentável.
Em muitos países desenvolvidos, verifica-se que a pegada ecológica é muito superior à biocapacidade, o que origina um passivo ecológico muito elevado. Os riscos para a espécie humana só poderão ser eliminados com a redução/eliminação do passivo ecológico global. A escassez de recursos renováveis pode conduzir a um enorme problema de difícil resolução, pois não podemos viver sem água potável ou sem solos com a fertilidade necessária que garanta a nossa subsistência.
Na Europa a taxa de crescimento populacional ronda os 0% sendo assim a descendência não será suficiente para substituir a população mundial.
O investimento nos estudos e na vida profissional faz com que o indivíduo fique mais individualista casando mais tarde tendo filhos mais tarde ou até mesmo não os ter.
Os países subdesenvolvidos centrados nos continentes Africano, Sul-Americano e Asiático confrontam-se com um elevado crescimento demográfico o que esgota os recursos naturais de tal modo que bloqueia a sua evolução.
A ciência e a tecnologia marcam a diferença em países desenvolvidos e em vias de desenvolvimento marcando uma representação explicativa para o crescimento ou não da população.
Dois dos grandes indicadores da diferença da tecnologia e da ciência nesses países é a taxa de mortalidade infantil e a esperança média de vida, assim como os cuidados de higiene e origina-se assim a sustentabilidade.
Se a espécie humana investir pouco na preservação do planeta pode conduzir muitos dos recursos naturais à beira do esgotamento, face ao aumento da população mundial e ao consumo excessivo.
Atingir a sustentabilidade é certamente, um passo gigante para a Humanidade e uma etapa fundamental do nosso precurso evolutivo, e não a alcançar é sem dúvida uma forma de hipotecar o nosso futuro como espécie neste planeta.